Servidores de SP conformados. Governo venceu, 0,01% para sempre?
Em Assembleia, servidores da prefeitura de São Paulo desistiram da greve e aceitaram as condições impostas pelo governo Covas. Foto:
Por Franklin Ataide dia em Nossos Direitos e Conquistas

Agência Trabalhador – São Paulo Capital
Em assembléia realizada ontem (21) no centro da cidade, servidores dos níveis básico e médio da Prefeitura de São Paulo decidiram pelo final da greve que durou pouco e terminou por não produzir efeitos.
O governo Bruno Covas encaminhou projeto de lei de reestruturação das carreiras com vários itens que desagradaram o conjunto dos servidores, porém, mesmo com inédita movimentação, as categorias não conseguiram fazer com que o a prefeitura ouvisse as reivindicações.
“Por serem estes servidores integrantes das carreiras administrativas, apenas uma greve duradoura teria capacidade de provocar prejuízo grande o bastante para ser capaz de despertar a atenção das autoridades municipais” afirmou o conselheiro da OTB – Ordem dos Trabalhadores do Brasil, João Bosco.
O sindicato e as entidades que participaram fizeram todo o possível para defender o direito dos trabalhadores, porém, essas categorias são pequenas e representam parcela pequena dos servidores municipais. Embora tenham lutado com garra, não foram atendidos.
Entretando, representantes do governo concordaram em manter a negociação e formar grupo de debate sobre reivindicações que ficaram pendentes.
Entre outras será discutido com o governo:
• Valorização da formação por reenquadramento após enquadramento inicial;
• Criação de tabela com efeitos em data posterior ao enquadramento inicial visando valorização de todo o conjunto do nível básico e nível médio.
• Extensão da Gratificação por Atendimento ao Público - GAP para todo o nível básico (Agente de Apoio) e nível médio da administração direta e indireta (autarquias) que atendem ao público.
• Compromisso do Governo de não pedir urgência na tramitação do Projeto de Lei. As entidades encaminharão ressalvas de não concordância com o projeto inicial e reafirmação do pedido de não envio até conclusão das negociações.
• Retomar discussão sobre projeto de mobilidade das carreiras.
• Compromisso de publicação de portaria regulamentando a compensação dos dias e horas das paralisações e greve.